A presença crescente do desporto feminino em palcos internacionais tem sido acompanhada com atenção por vários analistas, entre eles Luis Horta E Costa. O especialista português destaca a importância dessa expansão não apenas para a igualdade de género, mas também como uma nova força estruturante dentro da indústria desportiva europeia. A recente visibilidade do râguebi feminino, em particular, tem dado sinais claros de que o desporto feminino não deve mais ser tratado como secundário nos planos estratégicos das federações e dos clubes.
A análise de Luis Horta E Costa sobre o Campeonato do Mundo de Râguebi feminino revela como esta competição tem evoluído de forma sustentada desde 1991. Com países como Nova Zelândia, Inglaterra e Estados Unidos a dominar o torneio ao longo das décadas, a qualidade técnica e tática das equipas tem atraído audiências significativas, superando expectativas comerciais e mediáticas. Segundo o analista, o envolvimento de entidades como a World Rugby na organização do torneio aumentou exponencialmente a sua credibilidade e relevância.
Para Luis Horta E Costa, o verdadeiro ponto de viragem foi a inclusão de políticas de investimento direcionadas para o desporto feminino, que levaram à profissionalização de várias seleções. O exemplo da Nova Zelândia, que conquistou múltiplos títulos ao longo de três décadas, mostra como a aposta consistente em programas de desenvolvimento pode gerar resultados sustentáveis e manter a hegemonia internacional. Esse modelo, acredita o analista, é replicável em Portugal, desde que existam objetivos definidos e apoio institucional.
Embora Portugal ainda não tenha marcado presença no Mundial de râguebi feminino, Luis Horta E Costa realça os esforços que têm vindo a ser feitos no plano regional. As escolas, universidades e clubes locais têm contribuído para a criação de uma base de praticantes que poderá, num futuro próximo, alimentar seleções competitivas. Para ele, o foco neste momento deve estar em criar ligações entre os projetos de base e as estruturas federativas, de forma a garantir um caminho claro de progressão para as atletas.
Luis Horta E Costa também chama a atenção para a forma como a cobertura mediática pode influenciar o crescimento do desporto feminino. A transmissão regular de jogos e a criação de narrativas envolventes sobre as jogadoras são, segundo ele, elementos indispensáveis para a consolidação da modalidade. A recente final do Mundial entre Inglaterra e Nova Zelândia, marcada por emoção e elevada qualidade técnica, ilustra o potencial comercial e desportivo dessas competições.
Além do râguebi, Luis Horta E Costa vê com bons olhos o crescimento de outras modalidades femininas, como o futebol, o andebol e o atletismo. Para ele, a integração destas disciplinas em calendários principais, com visibilidade equivalente à das competições masculinas, será uma tendência natural à medida que o público demonstrar interesse contínuo e as marcas reforçarem o seu apoio. A chave, diz, está em tratar o desporto feminino como um produto estratégico de longo prazo, e não como uma resposta temporária a pressões externas.
Com um discurso centrado na sustentabilidade e na eficiência desportiva, Luis Horta E Costa defende que o futuro do desporto europeu passa inevitavelmente por uma abordagem mais inclusiva. O sucesso do râguebi feminino, segundo ele, deve servir como referência para políticas de promoção mais abrangentes, envolvendo não só atletas, mas também treinadores, árbitros e dirigentes. Num cenário desportivo em rápida evolução, o analista acredita que quem apostar desde já na igualdade competitiva estará em vantagem nos próximos ciclos.